No dia 24 de abril, os alunos fizeram cravos vermelhos, símbolo da Revolução de 25 de abril. Recriação de imagem de Paz pois os soldados portugueses puseram cravos vermelhos nas espingardas e não disparam qualquer tiro. O cravo vermelho passou a significar Liberdade para os portugueses.
Oficina de Escrita Criativa ” 25 de abril, antes e depois!”
A Biblioteca Escolar D. Afonso III, durante o 2º período letivo, desenvolveu uma atividade de Escrita Criativa, na qual os alunos da turma A do 8º ano escreveram o texto dramático “25 de abril, antes e depois!” a partir de pesquisas na história de Portugal, na época do 25 de abril de 1974, marcada pela Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura do Estado Novo.
Esta atividade realizou-se em articulação com as disciplinas de Português e História.
Encontro com a escritora Susete Romba
Susete da Palma Romba Guerreiro tem 85 anos, é Professora aposentada do primeiro ciclo. O seu curriculum é vasto desempenhando várias funções, no âmbito da Educação: Professora orientadora de estágio na Escola do Magistério Primário em Faro, Professora orientadora de estágio na ESE (Escola Superior de Educação), Professora de Português a Jovens do SVE (Serviço Voluntário Europeu) na Associação Alcance, Professora de Português e Matemática em Cursos de Formação Profissional no concelho de Alcoutim. Dinamizada várias atividades da Associação Estrela Pereirense. É a Fundadora do Núcleo Museológico “Casa do Ferreiro” e autora de três livros publicados: Ramificações, Memórias do passado (património e tradições locais) e Alma viva na saudade (de poesia).
Visitou o Agrupamento D. Afonso III, em Faro, onde se encontrou com os jovens do 8º ano para partilhar a sua experiência de vida, de estudante e já adulta, antes do 25 de abril de 1974.
Corte de energia – Escuridão
Noite escura
Que silêncio ao meu redor
Ouço o coaxar das rãs
Que nesta altura embala a alma, seja de quem for.
Acorda a recordação
A saudade
Noite de escuridão
Quem é que não há-de reviver tempos d’então.
Mesmo com o escuro da noite escura
Lá ia eu, tão jovem
Rua fora
Que loucura
Caminhava com as amigas
Entoando, em uníssono
As nossas belas cantigas.
Em cada rua
Já eu conhecia
De cada pedra o seu lugar
Íamos bem seguras
Com alegria
Era a mocidade a rir e a cantar.
Vivia a paz em nossos corações
Quebrada p’ lo chamamento da mãe ou das avós.
Nesse tempo
Até a própria escuridão
Iluminava a alma de cada uma de nós.
poema de Susete Romba